segunda-feira, 29 de abril de 2013

"Você me bagunça e tumultua tudo em mim"

Começo a remexer cadernos, anotar sentimentos. Tentativas inúteis de te traduzir, colocar em papel. Tento lembrar situações engraçadas, momentos bonitos, gostos, escolhas, tudo de esvai. Te colocar em letras seria como tirar um pouco da essência que te acompanha. Tentar te traduzir seria somente para constatar que ainda não inventaram uma palavra que defina o que acontece dentro de mim quando te vejo.

Tento comparar o que acontece entre nós com meus filmes preferidos, mas me assusto ao perceber que meus encantamentos por ficção não superam o que trago no peito quando te vejo me encarando com seus olhos castanhos. E eu achando que tudo que eu precisava era de um romance de cinema. Mas a verdade, percebi logo depois: precisamos é de um amor real, cheio de características peculiares que nos faça esquecer de vez qualquer encantamento barato, qualquer coisa formulada especialmente para nos iludir. Histórias de cinema são lindas, legais e emocionantes por no máximo três horas, passou disso, sobra a vida real, que é a que deve ser verdadeiramente aproveitada.

Você tira tudo do lugar e faz cara de desentendido. Não curte rock, não sorri com o corpo todo
Nunca sei se está falando a verdade ou sendo irônico. Não espera por mim porque tem seu próprio jeito de ir. Mas eu gosto disso, embora não juntos a gente segue na mesma sintonia, e no momento é isso que importa. "Seria mais fácil fazer como todo mundo faz. Mas nós dançamos no silêncio, choramos no carnaval. Não vemos graça nas gracinhas da TV, morremos de rir no horário eleitoral... Nós vibramos em outra frequência..."Hoje sei que não existe príncipe encantado, homens feitos sob medida, mas existem caras legais que têm a capacidade de nos fazer feliz. 


Eu não me importo em você ser você. Gosto, gosto até demais. Gosto e nem enxergo isso como desafio.Talvez o amor seja sempre uma possibilidade, um medo que nos acomete. Quando vira certeza é porque deixou de ser amor.

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